AS SEMELHANÇAS DAS RELIGIÕES


        Por mais divergentes e distantes que possam parecer as religiões, elas apresentam pontos de contato que nos permitem colocá-las num mesmo grupo. Podemos enumerá-los:

 

1. Toda religião se apresenta como uma expressão universal do transcendente. Ou seja, toda religião se oferece ao ser humano como uma possibilidade de religá-lo ao plano transcendental. De alguma maneira o homem se separou da ordem perfeita que o criou e o ambiente religioso é o território, o caminho, o veículo oferecido pelo plano divino para religar o homem a ele.

2. Toda religião se afirma como necessária. Seria muito estranho nós escutarmos um sacerdote ou um praticante de uma religião dizer que as práticas que moldam a sua fé são feitas gratuitamente e não apresentam nenhum valor significativo.

3. As religiões afirmam a capacidade do transcendente em mudar o homem e ao mesmo tempo a impossibilidade do homem em alterar o transcendente. Tornando mais claro: Deus pode modificar o homem, mas o homem não pode modificar Deus!

4. As religiões sempre oferecem uma resposta para algumas dúvidas intelectuais do homem, como: O que é o bem? O que nos espera depois da morte? O que é a Justiça?

5. Toda religião possui uma simbologia capaz de religar o finito ao infinito.

        Essas são as características básicas que formam as religiões. Para compreendermos as religiões, é muito importante que se tenha a distinção entre o infinito e o finito.

        O infinito é a ordem não criada. Ele é o próprio absoluto, ou seja, não está condicionado a nada. Ele não tem começo, meio e fim. Ele é sempre presente logo, não está sujeito às determinações temporais. O plano finito é a ordem criada, faz parte de uma série de existências relativas. Tudo o que existe no plano finito está numa relação de dependência com outros elementos também finitos. Para que ele exista é necessário que outras coisas também existam e possibilitem sua existência.

(Povo, cultura e religião, p.26,27, Uniasselvi)

 

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