6º Ano
Tradição escrita: registro dos ensinamentos sagrados
Objetivo específico: Compreensão acerca do que são textos sagrados escritos e sua importância para a tradição religiosa e cultural; Investigação e listagem dos diversos tipos de textos sagrados;
Introdução
Muitas
religiões monoteístas ou politeístas possuem textos sagrados, que são escritos considerados
inspirados divinamente e contém um conjunto de instruções para a vida;
Esses
livros sagrados possuem orientações para os fiéis seguirem corretamente tudo
quanto está registrado.
O propósito
da escrita desses registros é não ocorrer desvio do sentido original dos ensinamentos.
Entre os mais conhecidos textos estão a Bíblia
cristã, o Alcorão islâmico, a Torá judaica, entre outros. Nessa aula apresentaremos informações sobre os textos sagrados, orais e escritos, das diferentes
organizações religiosas.
O Alcorão ou Corão
O
Alcorão é um registro das palavras exatas reveladas por Deus por intermédio do
anjo Gabriel ao Profeta Mohammad. Foi memorizado por ele, e então ditado aos
seus companheiros, e registrado pelos seus escribas, que o conferiram durante
sua vida. Nenhuma palavra de suas 114 suratas foi mudada ao longo dos séculos.
A Bíblia Sagrada
Bíblia
(do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, rolo ou livro.) é o texto
religioso central do judaísmo e do cristianismo. Foi São Jerónimo, tradutor da
Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo
Testamento e Novo Testamento de Biblioteca Divina. A Bíblia é uma coleção de
livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes
religiões dos filhos de Abraão (além do cristianismo e do judaísmo, o
islamismo). São, por isso, conhecidas como as religiões do Livro. É sinônimo de
Escrituras Sagradas e Palavra de Deus.
As
igrejas cristãs protestantes e outros grupos religiosos, além do
protestantismo, possuem no cânone de textos sagrados de suas Bíblias somente 66
livros: 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Igreja
Católica inclui sete livros e dois textos adicionais ao Antigo Testamento como
parte de seu cânone bíblico (são eles: Tobias; Judite; Sabedoria; Eclesiástico
ou Sirácides; Baruque; I Macabeus; e II Macabeus, e alguns trechos nos livros
de Ester e de Daniel). Esses textos são chamados deuterocanônicos (ou do
segundo cânon) pela Igreja Católica. As igrejas cristãs ortodoxas e as outras
igrejas orientais incluem, além de todos esses já citados, outros dois livros
de Esdras, dois de Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos
adicionais ao final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição
e extração cultural grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das
igrejas de tradição siríaca). As igrejas cristãs protestantes, dentre outros
grupos, consideraram todos esses textos como apócrifos, ou seja, textos que
carecem de inspiração divina. No entanto,
existem aqueles que reconhecem esses textos como leitura proveitosa e
moralizadora, além do valor histórico dos livros dos Macabeus. Além disso,
algumas importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei James e a Bíblia
espanhola Reina-Valera, os contêm, ao menos, em algumas de suas edições.
A Sunnah
ou Hadith
A
Sunnah ou Hadith são a segunda fonte da qual os ensinamentos do Islam são
esboçados. Hadith significa literalmente um dito transmitido ao homem, mas em
terminologia islâmica significa os ditos do Profeta (paz esteja com ele), sua
ação ou prática de sua aprovação silenciosa da ação ou prática. Hadith e Sunnah
são usados intercaladamente, mas em alguns casos são usados com significados
diferentes.
Para
lidar com o tópico é necessário conhecer a posição do Profeta no Islam, porque
a indispensabilidade do Hadith depende da posição do profeta. Analisando o
problema, podemos visualizar três possibilidades:
1. A
obrigação do profeta era apenas transmitir a mensagem e nada mais foi requerido
dele.
2. Ele
tinha que não apenas transmitir a mensagem mas também agir de acordo com ela, e
explicá-la. Mas tudo era para um período especificado e, depois de sua morte, o
Quran se torna suficiente para a humanidade.
3. Ele
não tinha nenhuma dúvida para transmitir a Mensagem Divina, mas era também sua
obrigação agir de acordo com ela e explicá-la para as pessoas. Suas ações e
explicações são origem dos ensinamentos para sempre. Seus ditos, ações,
práticas e explicações são origem de luz para todo muçulmano em todas as
épocas.
O Hadith
é tão importante que, sem ele, o Livro Sagrado e o Islam não podem ser
completamente compreendidos ou aplicados na vida prática do fiel.
A Torá
Torá
(do hebraico, significa instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco
primeiros livros do Tanakh (também chamados de Hamisha Humshei Torah, as cinco
partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os relatos
sobre a criação do mundo, a origem da humanidade, o pacto de Deus com Abraão e
seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de
quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que
teriam sido dadas a Moisés para que entregasse e ensinasse ao povo de Israel.
Chamado
também de Lei de Moisés (Torah Moshê), hoje a maior parte dos estudiosos são
unânimes em concordar que Moisés não é o autor do texto que possuímos, mas sim
que se trate de uma compilação posterior. Por vezes, o termo Torá é usado
dentro do judaísmo rabínico para designar todo o escopo da tradição judaica,
incluindo a Torá escrita, a Torá oral (ver Talmud) e os ensinamentos rabínicos.
O cristianismo, baseado na tradução grega Septuaginta, também conhece a Torá
como Pentateuco, que constitui os cinco primeiros livros da Bíblia cristã.
O Tri-Pitakas
Os
textos começaram a ser escritos na Índia, dois séculos após a morte de Buda
(486 a.C.), quando os discípulos resolveram transcrever os discursos do mestre.
Porém,
a sistematização dos ensinamentos se deu somente com a expansão da doutrina
para o Sudeste Asiático (Budismo Theravada), Extremo·Oriente (Budismo Sinonês)
e Nepal (Budismo Tibetano).
Cada
corrente tem uma versão própria da Tri-Pitaka, mas em todas a obra divide-se em
três partes: a Sutra-Pitaka, com discursos de Buda; a Vinaya-Pitaka, com normas
para os monges; e a Abidharma-Pitaka, com teses de estudiosos budistas.
Os Vedas
Literatura
Sânscrita
A
literatura sânscrita pode ser classificada e conduzida sob seis encabeçamentos,
e quatro formas seculares. As seis formas ortodoxas de divisão são autorizadas
pelas escrituras dos Hindus; as quatro seculares divisões incorporaram o
desenvolvimento tardio na literatura clássica Sânscrita a saber:
As
seis escrituras são: (i) Srutis, (ii) Smritis, (iii) Itihasas, (iv) Puranas,
(v) Agamas e (vi) Darsanas. Os quarto Escritos Seculares são: (i) Subhashitas,
(ii) Kavyas, (iii) Natakas e (iv) Alankaras.
Veda –
O conhecimento desvelado
Os
Srutis são os chamados Vedas, ou os Amnaya. Os Hindus receberam suas religiões
através da revelação dos Vedas. Estas eram revelações intuicionais diretas e
eram seguras para serem consideradas Apaurusheya ou inteiramente supra-humano,
sem nenhum autor em particular. Os Vedas são as orgulhosas glórias dos Hindus,
e de todo o mundo sábio.
O
termo Veda advém da raiz sânscrita “Vid”, conhecer. A palavra Veda significa
“conhecimento”. E quando ela se aplica às escrituras, ela significa “livro de
conhecimento”. Os Vedas são o fundamento das escrituras dos Hindus e a origem
de outros cinco grupos de escrituras; razão, até mesmo, do secular e do
materialismo. O Veda é o depósito do conhecimento indiano e glória memorável do
qual o homem jamais poderá esquecer até a eternidade.
Os
Vedas são as verdades eternas reveladas por Deus para os antigos grandes
sábios, Rishis, da Índia. A palavra Rishi significa “vidente, ou profeta”,
derivado da palavra sânscrita “dris”, “ver”. Ele é o Mantra-Drashta, vidente do
mantra ou do pensamento. O pensamento não de um sábio particular. Os Rishis
viram a verdade ou ouviram-na. Portanto, os Vedas são o que foi ouvido (Sruti).
O Rishi não os escreveu. Ele não Os criou fora de si. Ele foi um vidente a
partir daquilo que viu como já existente. Ele somente fez uma descoberta
espiritual por intermédio da meditação. Ele não é o inventor dos Vedas.
Portanto,
esses escritos são indispensáveis para essas comunidades religiosas cumprirem
suas orientações.
Referências:
http://www.ensinoreligioso.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=199#alcorao
Exercício
1. Qual a importância dos escritos sagradas nas
religiões?
2.
Relacione
a segunda coluna com a primeira:
(1 ) Torá ( ) Livro
dos cristãos
( 2) Sunnah ( ) Livro
dos Mulçumanos
( 3) Tri-Pitakas ( ) Escritos
Hinduístas
(4 ) Bíblia ( ) Escritos
Budistas
( 5) Vedas ( ) Livro dos Judeus
( 6) Alcorão ( )
segunda fonte do Islamismo
3. Faça um pequeno resumo sobre a Bíblia, a Torá,
os Vedas, a Tri-Pitakas e o Alcorão.
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